domingo, 9 de dezembro de 2012


Como não ler a Bíblia para tua destruição!




Em sua carta aos Filipenses Paulo faz uma declaração incrível: “Posso todas as coisas...  posso tudo...” – O que Paulo quer dizer com isso?

Quando diz isso é claro que ele não está dizendo, por exemplo, que ele pode voar como um pássaro, viver sob a água como um peixe... Ele não está dizendo que pode ir até o cemitério da cidade e levantar todos os mortos, que pode ir até a lua... Não está dizendo que pode viver sem o descanso necessário, ou que pode ganhar o Império Romano para Cristo, não está dizendo que pode pintar como Leonardo da Vinci, compor como Mozart, esculpir como Rodin, cantar como Freddie Mercury, correr como Isaim bolt, escrever como Shakespeare, teorizar como Newton...

O que Paulo está dizendo não está relacionado a nada disso. Ele não está ensinando a “reivindicar” algo a Deus. Usando textos assim líderes manipulam membros da igreja. Não é o pensamento do tipo – “Você pode realizar isso, você pode tudo em Deus... podemos todas as coisas... é o que Deus disse...” – Isso é horrível, degradante, manipulador e engano fatal.

Paulo não podia fazer tudo o que ele queria. Ele estava preso ao escrever esta carta. Ele não podia se libertar da prisão. Não podia arrebentar as cadeias em seus pulsos e tornozelos, evitar que os chicotes marcassem suas costas... Ele não podia ordenar que o anjo que tirou Pedro da cadeia o tirasse também. Ele não podia remover o espinho em sua carne. Ele que sofreu naufrágios, não podia simplesmente sair andando sobre as águas. Não podia ordenar o Mediterrâneo que se acalmasse. Ele não podia com um gesto calar a boca dos falsos líderes hereges gálatas que estavam destruindo aquela igreja, ele não podia ordenar que o Império Romano não o condenasse a morte... Ele não podia muitas coisas e o texto ficaria longo se mencionássemos tudo.



Este texto então, é um bom exemplo de como a Bíblia deve ser lida e de como a Bíblia não deve ser lida. Não se pode pegar uma única promessa em toda Bíblia, uma única declaração, ou testemunho de um apóstolo... fora do seu contexto. O entendimento de algo tão simples já faria uma diferença gigantesca em nossa geração cheia de heresias e enganos.

O que Paulo estava ensinando? Seu contexto, o lugar onde Paulo põe esta verdade, é quando ele está falando de abundância e também de momentos de necessidades, de estar bem alimentado ou estar passando fome... Paulo tinha aprendido a se contentar com o que Deus queria para sua vida. “Eu posso viver esta situação”, Paulo está dizendo. “Eu não vou ficar amargo... não vou ficar paralisado... foi continuar proclamando a glória de Cristo nesta situação...” Tudo que Deus atribuiu a ele, Paulo pode responder de uma maneira em que Deus fosse honrado.

Deus é surpreendente, Ele pode e tem o prazer de promover o evangelho e sua glória, seja pela vida curta de Estevão ou pela longa vida do apóstolo João. Sua vontade será feita. Paulo então está dizendo: “Eu aprendi o segredo de enfrentar muita abundância ou severa fome, pois posso todas as coisas naquele que me fortalece”. Ele está dizendo que nessas situações ele era capacitado a viver em contentamento como um filho de Deus, em paz e comunhão com Deus, realizando o Seu propósito, em todas as circunstâncias em que Deus se agradasse em colocá-lo. Quaisquer que fossem as tentações, provações, pressões sobre seu frágil corpo ou mente, em meio a qualquer aflição, ou sucesso e prosperidade, com todas as tentações que isso possa trazer... ou acorrentado numa cela úmida, ou se estava em um navio afundando no Mediterrâneo... que por meio de Cristo, ele poderia realizar o propósito de Deus em todas essas circunstâncias, mostrando como um filho de Deus enfrenta todas essas coisas sem se desviar do único propósito da existência que é em tudo glorificar a Deus.

“Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” - Filipenses 4:12-13


http://www.josemarbessa.com/2012/11/como-nao-ler-biblia-para-tua-destruicao.html

terça-feira, 27 de novembro de 2012

ELEMENTOS ESSENCIAIS PARA O VERDADEIRO CRESCIMENTO DE UMA IGREJA


Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros. Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição, porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós.” (I Tessalonicenses 1.1-5)
Ao escrever esta carta o apóstolo Paulo estava em Corinto. Uma cidade que influenciava o mundo por sua libertinagem e cultos a ídolos. Tessalônica (atual Salônica, segunda maior cidade da Grécia) era capital da Macedônia e era uma província do império Romano. Paulo escreveu esta carta com o propósito de orientar estes irmãos sobre a segunda vinda de Cristo. E Paulo elogia aqueles irmãos pelo progresso na fé. Eles eram crentes modelos, mesmo sendo uma igreja nova. Os crentes de Tessalônica tornaram-se um modelo para todos os crentes da região (vs. 7). Eles eram tão bem conceituados que Paulo chega a dizer que não precisavam de coisa alguma a mais (vs. 8). Fruto do trabalho missionário de Paulo (At 17.1-8), esta igreja estava crescendo porque havia alguns “elementos” que faziam a diferença no seu meio.
Muitas linhas de pensamentos prometem crescimento da igreja: Por exemplo opragmatismo – Os fins justificam os meios. Segundo esse pensamento todo método humano é valido para fazer uma igreja crescer. Mas o que a Bíblia diz?
Para crescermos verdadeiramente, não apenas incharmos, devemos ter alguns elementos genuinamente bíblicos! Paulo, ao escrever esta carta nos deixa isso bem claro. Segundo o texto o primeiro elemento que faz uma igreja crescer é:
O poder de Deus (v.1-5a)
Paulo faz referência a Silvano e Timóteo (v.1) – Eram os cooperadores de Paulo, e oravam juntos com Paulo pela igreja de Tessalônica (v.2). Eles levariam a carta à igreja. Eram homens dedicados, que viviam confiantes no poder de Deus. Silvano é o mesmo Silas, que acompanhou Paulo em sua segunda viagem missionária: “Então, pareceu bem aos apóstolos e aos presbíteros, com toda a igreja, tendo elegido homens dentre eles, enviá-los, juntamente com Paulo e Barnabé, a Antioquia: foram Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens notáveis entre os irmãos,”(At 15.22).E Timóteo dispensa apresentações. Era um jovem que era “fiel no Senhor” (cf 1Co 4.17; cf 1 e 2Timóteo). 
O poder de Deus é o elemento que gera crescimento para a igreja (v.2-5a) –Paulo diz que sempre dava “graça a Deus” pela vida daquela igreja (v.2) e que, em suas orações, “mencionava (nomeava) a igreja”(v.2b). Estas orações não eram apenas pedidos, mas ações de graça, louvor e momentos de adoração. Eles oravam juntos e individualmente pela igreja.  Paulo tinha convicção do chamado daquela igreja: “vossa eleição”(v.4). Porque sabia o que, de fato, o Evangelho de Cristo tinha feito naquela igreja (v.5a) – A igreja estava crescendo porque o Evangelho estava na vida diária daquela igreja (cf v.3). Eles estavam praticando aquilo que o Evangelho ensina!
Não era a persuasão do apóstolo que havia covencido aqueles irmãos, mas o poder de Deus. Paulo diz: “porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra…”(v.5a), e, em Coríntios afirma: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder,”(1Co 2.4). A palavra “poder” (Dunamys), no contexto, se refere ao poder de Deus “milagre”, ação sobrenatural. Aquela igreja, não era apenas convencida dos seus pecados, era convertida. E isso não ocorreu por eloquência, mas por meio da pregação do Evangelho transformador de Cristo.
O crescimento da igreja não depende de nossas forças, mas da Palavra de Deus. Alguns pensam que conseguem convencer pessoas a seguir a Cristo mostrando o que Cristo fez em sua vida. Não quer dizer que isso seja errado, e alias pode até ser um instrumento usado por  Deus. Mas o que muda a vida de alguém é o poder de Deus que vem por meio do Evangelho: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação…”(Rm 1.16).
Segundo o texto base outro elemento que faz uma igreja crescer é:
O Espírito Santo (v.5b)   
A promessa de Cristo: “… recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”(At 1.8). Deus capacitou a igreja com seu Espírito. A igreja primitiva foi testemunha dos milagres que acompanharam a igreja (cf Lc 1.17, 35;4.14; At 10.38).
Embora houvesse grandes milagres, por meio de Jesus e seus discípulos (Pedro At.3.6; Paulo Atos 20.9, e outros), estes não foram dados para convencer o homem de seus pecados. Os milagres tinham seguintes objetivos: A glória de Deus e testificar o profeta como enviado do Senhor. O Espírito Santo habita naquele que é crente, somos o “… santuário do Espírito Santo” (1Co 6.19).  Assim podemos entender o motivo de haver poder na mensagem de Paulo e de seus colegas, pois quando ele falava, Deus é que estava falando por intermédio deles.
Qual o papel do Espírito? – Na salvação do homem,  Ele é quem regenera (cf Jo 3.5;Tt 3.5). Anthony Hoekema diz que: “O papel do Espírito Santo no processo da Salvação é fazer-nos um em Cristo”(livro Salvos pela Graça). Ele nos convence do erro, Jesus disse aos seus discípulos que: “… Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade;” (Jo 16.13). Portanto, o papel do Espírito Santo não é realizar milagres para convencer, mas transformar corações!
Muitos movimentos “evangélicos” buscam dons espirituais. E nessa busca esquecem de que quem muda o coração de alguém, não somos nós, mas o Espírito de Deus operando de forma perfeita.  Não são os “milagres” que mudam. Nós devemos pregar o evangelho, e o Espírito de Deus vai convencer os pecadores de seus erros. E para isso é preciso ter comunhão com Espírito; andar com ele (Gl 5.16); encher o coração dEle (Ef 5.18). Assim, nossa mensagem terá efeito!  
Segundo o texto, o terceiro e último elemento que faz uma igreja crescer é:
 A certeza da ação de Deus (v.5c)
Convicção da verdade anunciada – “Convicção”, ou “plenasegurança”(plêrophoria) – Na verdade, era a presença do Espírito Santo que dava esta convicção.  Paulo tinha certeza de que Deus estava operando através dele. Ele sabia de que pregava a verdade e não invenção: “… se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.”(Gl 1.9).
Convicção da ação de Deus  –  Paulo sabia que Deus estava abençoando aquela igreja através de sua vida, do seu ministério. Ele tinha convicção de seu chamado: “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus”(Rm 1.1). Ele sabia que por intermédio dele e de seus cooperadores (Silas, ou Silvano e Timóteo), Deus estava fazendo aquela igreja se fortalecer e crescer.
Convicção nos resultados - É claro que o crescimento vem de Deus (1Co 3.6). Mas onde há a ação do Senhor, ali haverá resultados. Deus trará o resultado: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.”(Fp 1.6)
Se queremos crescer, é preciso termos convicção de que somos instrumentos de Deus. Que ele vai nos usar para levarmos a Palavra de Salvação às pessoas. É preciso ter convicção de que pregamos a verdade, o Evangelho. Para Paulo, o Evangelho não era a igreja, nem movimento religioso ou espiritual, nem movimento apostólico, não são os membros, nem é qualquer movimento que se queira, mas é Jesus.  Ele sabia que Deus traria resultados. Precisamos ter convicção plena na ação de Deus e nos resultados que Ele dará.
Elementos essenciais para o verdadeiro crescimento de uma igreja – A igreja cresce através do Poder de Deus (v. 1-5a) – não por nossa força, Deus é quem traz o crescimento. A igreja cresce, por causa do Espírito Santo (v.5b) – “Nós podemos convencer o homem de que ele moralmente é imperfeito, mas não podemos convencê-lo de que está perdido. Isto é tarefa do Espírito Santo, somente o Espírito pode convencer o homem de que ele está perdido e que precisa de um salvador, ou seja, do evangelho, de Jesus Cristo!”(Francis Shaffer). E, por fim, para igreja crescer verdadeiramente é preciso ter: A certeza da ação de Deus (v.5c) – Na verdade anunciamos, na ação de Deus e nos resultados.
 Aplicações finais: 

1-      O poder é de Deus e sua Palavra – Não posso me vangloriar ou chamar a glória pra mim, só porque alguém creu por meu intermédio.
2-      Sou instrumento de Deus para o crescimento da igreja – Algumas pessoas pensam que somente o pastor é responsável para fazer a igreja crescer. Mas não é assim na Bíblia (cf At 2). A igreja cresce num corpo, porque somos morada do Espírito Santo.
3-      Eu tenho que confiar naquilo que anuncio – Ter convicção de que quando eu pregar, Deus vai agir.
Que ele nos faça instrumentos poderosos em Suas mãos para levar a mensagem de salvação ao mundo. Amém!


Por: Rev. Ronaldo P Mendes


quarta-feira, 1 de agosto de 2012


NINGUÉM TE SUPORTA? SAIBA O QUE FAZER

Talvez você seja uma pessoa evangélica, frequenta uma igreja, mas tem um comportamento desagradável e não sabe mais o que fazer para mudar. As pessoas se afastam e evitam sua companhia, ou você está a ponto de se separar.

Muitos te dão conselhos para mudar alguns de seus hábitos porque eles estão insuportáveis. É hora de encarar que algo está errado e começar a refletir sobre você e seus atos.

Se você tem orado constantemente e se esforçado para mudar e não conseguiu, procure ajuda:

Procure um psicólogo e conte o que está acontecendo e o que andam falando sobre você. Mesmo que discorde, é importante relatar para o profissional, a visão do outro a seu respeito.

O problema pode ser a sua alta irritabilidade, pouca tolerância, tem se tornado grossa e briguenta,  falar palavras ásperas ou mesmo ser o tipo de pessoa que não sabe ouvir e por isso fala sem parar. Seja qual for o distúrbio, quando ele começa a afetar seu convívio social é necessário ajuda de um profissional para direcionar o que é melhor a ser feito.

Sem exageros

Tudo demais é veneno. Procure dosar em tudo, mantendo o equilíbrio.

Nas demais esferas da vida funciona do mesmo jeito. Sempre faça as ações pensando em não exagerar, pois muitas vezes as pessoas insuportáveis são aquelas repetitivas ou exageradas.

Reflita

É necessário que você faça uma reflexão sobre como você se comporta com as pessoas, especialmente aquelas que se afastaram ou julgam você como insuportável. Faça a autoanálise levando em conta os exemplos citados pelas pessoas e sempre sendo crítica de suas próprias atitudes.

Uma boa ideia é pensar onde está errando, encontrar o ponto crucial e estabelecer como é possível mudar. As pessoas colocam obstáculos quando o assunto é “mudança”. Isso porque dizem que nasceram assim e por isso, quem quiser vai gostar delas daquela forma. No entanto, em um mundo de sociedade, onde cada indivíduo precisa e convive com o outro, é necessário abrir mão, entender limites e ser social ao ponto de não desagradar o vizinho.

Ser uma pessoa agradável e de fácil convivência é uma mudança possível. Se você transformar o amargo em doce e mudar a perspectiva do olhar, verá que muitas vezes  tem controle sobre o comportamento do outro com você, pois gentileza gera gentileza.

Texto adaptado